A palavra minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos e culturais que percorreram diversos momentos do século XX e que preocuparam-se em se exprimir através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design e na música. Em outros campos da arte, o termo é usado para descrever as peças de Samuel Beckett, os filmes de Robert Bresson, os contos de Raymond Carver e até mesmo os projetos automobilísticos de Colin Chapman, entre outros.
Na música clássica das últimas três décadas o termo minimalismo foi usado para eventualmente se referir à produção musical que reúne as seguintes características: repetição (frequentemente de pequenos trechos, com pequenas variações através de grandes períodos de tempo) ou estaticidade (na forma de tons executados durante um longo tempo); ritmos quase hipnóticos. É frequentemente associada (e inseparável) da composição na música eletrônica.
É preciso notar que o que é chamado de movimento minimalista na música tem uma pequena (às vezes ocasional) relação com o mesmo movimento nas artes plásticas. Esta conexão é provavelmente uma das razões que fazem com que compositores chamados minimalistas não se sintam à vontade com o termo. Philip Glass (talvez o mais popular compositor entre aqueles chamados minimalistas), cujo grupo inicialmente apresentou-se em galerias de arte nas quais seus amigos (artistas minimalistas) expunham, chegou a dizer que "Aquela palavra [minimalismo] deveria ser extinta" (That word should be stamped out!). Além de Glass, Steve Reich, Arvo Part, John Coolidge Adams são os mais famosos compositores minimalistas.
O house minimal, é uma vertente do house extremamente detalhista, onde os detalhes são valorizados ao máximo. Com muito menos elementos que o house progressivo, o Minimal é a mais "silenciosa" das vertentes da house music o estilo se caracteriza muito mais pela crescente fluência dos detalhes do que pela fluência da música em si.
Nas outras vertentes do house vemos um mix de sons juntos que levam o ouvinte a uma viagem pela música com um som hipnótico, já no minimal vemos a música começar e, dai por diante, cada detalhe minimo da música vai crescendo ate que o set do dj acabe e as batidas correspondem ao detalhe, que também se torna algo hipnótico, a música pode por exemplo destacar o som de uma gota de água, um objeto caindo e dele fazer com que todo o resto da música flua em harmonia com o todo.
2 comentários:
Oram veja só!
Pesquisando no Oráculo Google sobre minimalismo, eis que encontro esse texto escrito por uma conterrânea e ainda por cima namorada de uma amigo meu.
Coincidências à parte, eu tropecei com o Minimalismo "erudito" no filme "Koyaanisqatsi", que tem a trilho sonora realizada por Philip Glass.
Neste momento eu pude ser realmente hipnotizado pelas melodias simples e suas repetições "magnéticas", que junto das imagens fortes e vertiginosas, me cativou e estimulou a procurar informações com o passar do tempo.
A relação da música eletrônica com o Minimalismo, indepentente do gênero, sempre foi apontada de modo quase indissociável, mas sem querer tirar o mérito de quem quer que seja, a própria estrutura e método de composição, já é bastante significativa.
Mesmo quando utilizado em expriências mais hard rock, como com a banda Helmet, os ecos do Minimalismo demonstram um fôlego que ultrapassa qualquer pretensão de monotonia ou obviedade, pois a percepção sensorial é muitas vezes enganada e/ou estimulada pelos detalhes e pelas nuances que a música provoca.
No mais, o Minimalismo aponta para uma correlação entre ritmo e frequências sonoras ( em Hertz mesmo )que foi muito bem apontada por José Miguel Wisnik, no livro "O Som e o Sentido", e é uma oportunidade de casar virtuosismo com simplicidade, bem ao modo pós-pós-modernoso de nossa cultura contenporânea.
E parabéns pelo texto, Thaís, fiquei muito satisfeito com a abordagem !
Falô!
Luciano, mundo "minimalista" né hehehe :*)
Postar um comentário